Brasileiros seguem incomunicáveis após serem detidos por Israel

Eles integram a flotilha Global Sumud, que estava a caminho de Gaza

Eliane Gonçalves – Repórter da Radioagência Nacional

Publicado em 02/10/2025 – 21:04

São Paulo

TUNIS, TUNISIA - SEPTEMBER 16: The Deir Yasin vessel from the Maghreb Sumud Convoy set sail from Sidi Bu Said port during night as the boats of the Global Sumud Flotilla Flotilha continue to head towards Gaza to deliver humanitarian aid, in Tunis, Tunisia on September 16, 2025. Mohammed Mdalla / AnadoluNo Use USA No use UK No use Canada No use France No use Japan No use Italy No use Australia No use Spain No use Belgium No use Korea No use South Africa No use Hong Kong No use New Zealand No use Turkey
© Reuters/Mohammed Mdalla/Proibida reprodução

Vinte e quatro horas depois de terem sido capturados por Israel, integrantes da Global Sumud Flotilha seguem incomunicáveis e sem direito a suporte diplomático. Diplomatas brasileiros tentaram por duas vezes ter acesso aos 12 integrantes da delegação brasileira que participavam da flotilha e estão detidos no porto Ashdod, em Israel. 

O acesso foi negado até mesmo depois do Corpo Diplomático alegar que os ativistas já estavam sendo interrogados.

“Nós tivemos a informação de advogados de que estavam em curso interrogatórios.  Informei isso ao Itamaraty. Eles entraram em contato para tentar novamente, mas receberam a negativa de encontro com os brasileiros”, disse Lara Souza, coordenadora da delegação brasileira na flotilha e esposa do ativista Thiago Ávila, que também está incomunicável. “Não foi permitido a ele contato com a embaixada brasileira. Nem a ele, nem a nenhum dos demais brasileiros”, afirmou. 

Ao todo, cerca de 500 pessoas que integravam a flotilha foram capturadas em águas internacionais pelas forças israelenses.

“A advogada responsável inicialmente não foi autorizada. Depois, os advogados avisaram que ela teria conseguido entrar. Mas ela ainda não conseguiu dar retorno”, explicaram.

O motivo apresentado por Israel para proibir o acesso foi o feriado de Yom Kippur, o que impediria os procedimentos regulares. Segundo a embaixada brasileira em Israel, será possível entrar em contato com os brasileiros a partir desta sexta-feira (3).

Desaparecidos

Além dos 12 brasileiros que já foram confirmados que estão em poder de Israel, dois outros que também integravam a flotilha seguem incomunicáveis e sem a confirmação – por parte de Israel – de que foram detidos.

São eles João Aguiar, que estava a bordo do barco Mikeno, e Miguel de Castro, a bordo do Catalina.

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